Morrer de Banzo, morrer de tristeza ou morrer de saudade, da terra, da família, dos amigos, da aldeia, do seu povo, eis um dos dramas que se abateram sobre a comunidade negra na diáspora. Pego a me imaginar os que passaram por tais situações, confesso que é um exercício penoso. Tai, uma das cadências do Blues, do Samba, do Choro e do Reggae, ou seja, essas expressões musicais da diáspora são bem carregadas desses sentimentos.
Em breve aqui no Brasil estaremos celebrando, o dia 20 de Novembro, o dia nacional de luta contra o Racismo e demais formas de intolerâncias correlatas. Valeu Zumbi, o grito forte dos Palmares continua ecoando até hoje em nossas mentes e corações. Aqui faz jus refletir sobre o Poeta, Solano Trindade, que em momento de intima comunhão com sua ancestralidade, brindou-nos com, “ Canto aos Palmares, sem Inveja de Virgílio, Homero e Camões...”.
Ter respeito e celebrar as nossas tradições e memórias permite-nos saber nossas referências e nossas raízes. Essa postura é de reconhecimento e de gratidão a toda contribuição daqueles que um dia foram tratados como o pior dos seres. Aqueles que resistiram de diversas formas e que nos brindaram com essa magnífica herança cultural e política que temos em nossa sociedade. Muitos morreram de Banzo, mas através dele se libertaram e retornaram as terras de seus ancestrais. Um brinde a todos....
Nenhum comentário:
Postar um comentário