Páginas

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Morrer de Banzo


Morrer de Banzo, morrer de tristeza ou morrer de saudade, da terra, da família, dos amigos, da aldeia, do seu povo, eis um dos dramas que se abateram sobre a comunidade negra na diáspora. Pego a me imaginar os que passaram por tais situações, confesso que é um exercício penoso. Tai, uma das cadências do Blues, do Samba, do Choro e do Reggae, ou seja, essas expressões musicais da diáspora são bem carregadas desses sentimentos.

Em breve aqui no Brasil estaremos celebrando, o dia 20 de Novembro, o dia nacional de luta contra o Racismo e demais formas de intolerâncias correlatas. Valeu Zumbi, o grito forte dos Palmares  continua ecoando até hoje em nossas mentes e corações. Aqui faz jus refletir sobre o Poeta, Solano Trindade, que em momento de intima comunhão com sua ancestralidade, brindou-nos com, “ Canto aos Palmares, sem Inveja de Virgílio, Homero e Camões...”.

Ter  respeito  e celebrar as nossas tradições e memórias permite-nos saber nossas referências e nossas raízes. Essa postura é de reconhecimento e de gratidão a toda contribuição daqueles que um dia foram tratados como o pior dos seres. Aqueles que resistiram de diversas formas e que nos brindaram com essa magnífica herança cultural e política que temos em nossa sociedade. Muitos morreram de Banzo, mas através dele se libertaram e retornaram as terras de seus ancestrais. Um brinde a todos....

Nenhum comentário:

Postar um comentário